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Arautos do Estendal

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Arautos do Estendal

20
Ago12

Conclusões precipitadíssimas

pickwick

Foi com alguma tristeza que recebi a notícia da eliminação da judoca Telma Monteiro nos Jogos Olímpicos de 2012. Pessoalmente, não aprecio o tipo de judo da Telma, demasiado engalfinhado, demasiado bruto, pouco técnico. Como se eu percebesse muito do assunto. Mas, se o povo, que pouco mais sabe de futebol do que a forma geométrica da bola, comenta tudo e mais alguma coisa sobre esse pseudo-desporto, então, também me sinto no direito de comentar o desporto que pratico. Além do mais, estamos a falar de uma mulher, o que, por si só, permite um alargamento até ao infinito de subtemáticas apelativas. Adiante.

 

O sistema de eliminatórias, no Judo, é mesmo lixado. Quem fica em 2º lugar, por exemplo, teve sorte, porque podia ter sido eliminado logo no primeiro combate, caso tivesse defrontado quem ficou em 1º lugar. E a vida correu mal à Telma. Não consegui ver um único vídeo do combate, logo a seguir, porque ah e tal dos direitos de transmissão (cromos!), mas encontrei umas fotos.

 


(uma imperial e um pires de tremoços, please?)

 

E o que é que me veio à cabeça? A Telma Monteiro perdeu, porque é uma miúda gira e foi para os Jogos Olímpicos armada em miúda gira e sexy. Tão sexy, que foi para o primeiro combate com uma tanguinha cor-de-rosa! Em vez de ir concentrada para as pegas, para os contra-ataques, para o “tai sabaki” relâmpago, etc., ia preocupada em mostrar a sua tanga cor-de-rosa, tão gira que ela era.

 

Tenho teoria idêntica para o futebol. Se o Cristiano Ronaldo não entrasse na Selecção Nacional, teríamos alguma chance de nos posicionarmos mais acima em qualquer campeonato europeu ou mundial. Porque o povo é pobre de espírito e mete o Cris num pedestal e o gajo deixa de pensar na bola e só pensa no pedestal e nas luzes da ribalta e os colegas de equipa vão atrás e depois dá no que se sabe. É um bocadinho o síndrome de novo-riquismo com que o povo português não é capaz de lidar.

 

E assim andei a remoer, a dizer mal da Telma por ter ido de tanga cor-de-rosa para um combate nos Jogos Olímpicos. Que até lhe fica bem, que ela tem um corpinho muito bem tratado e o rosa combina bem com a pele e com o branco do judogi. Mas que é como ir de mini-saia pela nádega para assistir a uma missa.

 

Entretanto, já mais tarde, tropecei noutra foto.

 

 

E pensei para comigo: que tanga tão estranha, será que faz conjunto com o sutiã? Tão estranho achei, que meti-me ao caminho para investigar se o mercado das tangas teria evoluído à margem do meu conhecimento, nomeadamente tangas específicas para atletas de alto rendimento.

 

Para meu espanto, descobri que aquilo não era uma tanga, mas umas chamadas “bandas Kinesio”. Umas bandas muito à frente, que se colam no corpo e têm propriedades analgésicas sobre os músculos necessitados.

 

Telma, se me estás a ler, perdoa a precipitação das minhas conclusões. Tenho uma propensão natural para encontrar tangas num palheiro, que é mais forte do que qualquer pingo de racionalidade. E, nas primeiras fotos, a sério que parecia mesmo, mesmo, mesmo uma tanga cor-de-rosa. Mas já percebi que estavas com uns calções de licra pretos, coisa sóbria e adequada à dignidade da representação nacional nuns Jogos Olímpicos.

 

Por falar em judocas fofinhas, não há nenhuma que chegue aos calcanhares da Joana Ramos, uma morenaça trintona com um corpinho de se chorar por mais e um sorriso de partir a loiça toda de tão bonito que é! (suspiro) pickwick