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Arautos do Estendal

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Arautos do Estendal

25
Jun08

Estatística e Darwinismo

pickwick

Outro dia, saí com uma amiga. Eu gosto de sair com amigas, como é óbvio, porque é uma forma simples de me obrigar a tomar banho, fazer a barba, lavar os dentes, vestir roupa lavada e passá-la a ferro porque ainda estava toda amarrotada após a seca. Quando a amiga é uma grande amiga, um gajo tende a desleixar-se ligeiramente, até porque já não adianta tentar disfarçar.

 
Mas, melhor que sair com uma amiga, ou com uma grande amiga, é sair com uma grande amiga com um grande decote! E foi o que me aconteceu hoje! Tem os seus riscos, claro, que um gajo é capaz de ter fama de pessoa decente e depois ser apanhado em flagrante com os olhos completamente enfiados no decote dela e o beiço de baixo descaído. Em especial, quando o decote é daqueles a esbanjar generosidade, em que o vestido é mais parco que o próprio soutien.
 
É um daqueles decotes em que um homem tem vontade de perder o tino, enfiar o nariz entre as duas maminhas e inspirar o perfume peitoral (e escrever frases disparatadas como esta, também). Ou enfiar o nariz entre as duas maminhas e adormecer, embalado pela ondulação peitoral (não melhora muito, pois não?).
 
Antes de sairmos, eu ainda lhe perguntei se não ia meter um alfinete para fechar um pouco o decote, mas o programa para hoje era mesmo uma jornada de generosidade. Eu que o diga, que passei o tempo a esticar a vista lá para dentro, completamente hipnotizado. Enfim. Sou um fraco, já sei.
 
O povo, obviamente, não ficou indiferente ao decote. Afinal, o povo é feito de seres humanos, com olhos, pescoço rotativo e radar incorporado. Curiosamente, a grande maior parte das pessoas que meteram descaradamente os olhos no decote da minha amiga, eram mulheres! É um curioso dado da estatística humana.
 
Para que raio é que uma mulher espreita o decote de outra mulher? Para comparar? Para se roer de inveja num ataque de masoquismo? Ah e tal, a da direita é quase do tamanho da minha esquerda. Carago, aquilo são balões ou são mesmo verdadeiras? Que vaca, se tivesse metade do que ela tem, também andava assim com elas a apanhar sol. Coitadinha, pára na estação de serviço para meter ar nisso, ó tábua! Enfim.
 
Os homens, esses, têm um motivo fácil para espreitarem o decote de uma mulher: a vontade imparável e infinita de enfiarem o nariz lá dentro. Afinal de contas, duas das principais diferenças entre a fisionomia do ser humano e do macaco têm que ter uma razão de existir: a mulher tem mamas proeminentes e o homem idem para o nariz, para que se encaixem na perfeição; a macaca não tem mamas (mamocas, vá) e o macaco tem nariz achatado, porque neles todo o prazer se resume ao encaixe das bacias. Coisas de Darwin, portanto. pickwick

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