A Rici é uma colega que apareceu algures em Dezembro, para substituir aquela outra colega podre de boa que estava infelizmente grávida. A Rici, para as memórias mais degradadas, é uma rapariga ainda com poucas primaveras, mas com muito presunto na coxa. Rosto engraçado, com um sorriso bonito, cuida-se com primor, até pinta o cabelo, mas não consegue disfarçar os presuntos entre o umbigo e os tornozelos.
Esta semana, não me ocorre o dia com precisão, a Rici apareceu de saia de ganga até ao joelho. Ora, como é sabido, o tecido de ganga necessário para dar a volta àqueles dois presuntos tem uma área tal, que por pouco cobre um campo de futsal. Sendo até ao joelho, transforma aquela miúda numa matrona conservadora e impossibilitada de provocar a erecção a um homem normal. Mesmo assim, mesmo assim, há ali qualquer coisa que me transcende.
Por um lado, está o facto de, a par da saia, a Rici ter revelado comportamentos inesperados, nomeadamente posicionando-se na sala de convívio sentada com as pernas bem abertas. E, quando digo “pernas bem abertas”, posso adiantar números: amplitude do ângulo de abertura seguramente superior a 55º. Não fosse o mau estar automático que me provocam as gajas excessivamente reboliças, estaria aqui, agora, a dissertar sobre roupa interior e depilação feminina. Mas, o mau estar eminente foi mais forte que eu e fico-me pela amplitude do ângulo de abertura. Resta referir que a situação surgiu por mais que uma vez, em locais diferentes. Sobreaquecimento das virilhas? Who knows?...
Por outro lado, a Rici vai casar-se. Outro dia saiu a correr porque ia não sei onde “provar” o vestido de casamento. Eu olho e penso, para comigo, como é possível. Isto é, daqui por uns cinco anos, no máximo, a rapariga vai estar tão gorducha, tão rechonchuda, que terá que andar todos os dias equipada com “crampons” e “bastões de caminhada” (termos técnicos de montanhismo), para não começar a rebolar a cada passada. Enfim.
Eu até simpatizo com ela… mas… tem destas coisas… pickwick