Ui, que até dói…
O dia de hoje, que não coincide com o dia em que este post é publicado, até que nem foi um mau dia. Mas, o de ontem também não. Depois de passar uma esponja por cima da ressaca de cervejolas e provas de digestivos, fui até Lamego, essa bela cidade. Já tinha saudades. Quer-se dizer, ainda outro dia lá fui, mas não faz mal. As festas da Nossa Senhora dos Remédios atraem milhares de visitantes, entre eles inúmeras moçoilas todas acaloradas e dadas a desfiles de mini-roupa. É bom que assim seja. A malta agradece. Anima as festas e dá bom ambiente. Fui lá ter com uns amigos que, como manda a tradição, recebem as visitas com a maior das simpatias e mordomias. Neste caso concreto, com uma bola de carne típica da cidade, um salpicão de comer e uivar, uma espécie de pão-de-ló ao qual insistiram em chamar bolo-podre (brincalhões), e, para doer mesmo muito, um espumante Raposeira Tinto. Gelado. Uiii… Até dá vontade de ir viver para aquelas bandas e beber Raposeira Tinto todos os dias ao pequeno-almoço, ao almoço, ao lanche, ao jantar, na ceia, com o xarope, em vez do xarope, e antes de deitar. Não bastasse, ainda ofereceram uma garrafa de Raposeira Rosé para trazer para casa, para provar e chorar. Assim, sim. Isto é que é falar! Eu bem me parecia que tinha uma ligação genética a Lamego, e não seria apenas por a minha mãezinha ser de lá indígena. Bela cidade. Bem, adiante. Hoje, foi dia de regresso de férias dos trabalhadores da minha instituição. Estamos a iniciar a primeira semana de Setembro, mas só agora é que o Verão chegou. E, como chegou, há que recebê-lo adequadamente. Assim fizeram as minhas colegas trabalhadoras, que se apresentaram ao serviço nuns preparos muito simpáticos, aos quais dignei prestar a máxima atenção. Ou era o bronze consolidado e perfeito, ou era a tatuagem nova, ou era o bronze-à-lavrador, ou era o top preto com alças de plástico transparente, ou era a saia curta, o sorriso à matadora, a bela da sandália, o decote vistoso, enfim, um dia muito ocupado que este foi. Pouco produtivo, devido ao constante vai e vem de trabalhadoras descascadas e acaloradas, mas, pronto, não se pode ter tudo. Mas, no meio daquele leque, a loira dentuças destacou-se de longe, ou não fosse ela a verdadeira, a única, a espampanante, a extraordinária. Já agora, soube na semana passada que esta mulher tem uns dezassete ou dezoito carros em casa, já contando com o jipe Mercedes que habitualmente traz para o trabalho. Além de uma dentuça abundante e saliente, também tem um grande parque automóvel. E, hoje, a loira dentuça destacou-se pela incrível mini-saia com que se apresentou ao serviço. Acho que já a descrevi num post qualquer, mas, mesmo assim, vale a pena relembrar, segundo a perspectiva de hoje: meio palmo de ganga e mais meio palmo de folhado. E está feito. Quando cheguei do almoço, estava ela sentada no computador da secretária ao lado da minha, a tratar de uns documentos quaisquer, perna traçada, 95% da qual ao léu, como se estivesse numa qualquer taberna de tráfego de meretrizes. Se não tivesse aquelas trombas de meter medo ao susto e aqueles seios até ao umbigo, eu até me teria sentido honrado pela presença dela. Mas, dadas as características técnicas, não, obrigado. Mas, lá andava ela, toda contente, depois levantava-se, inclinava-se toda para cima da impressora para fazer não sei o quê tipo meter mais papel, andava de um lado para o outro, cruzava e descruzava as pernas, entrava e saía, enfim. Eu sei que esteve um dia de muito calor, mas, mesmo assim, ela escusava de fazer aquelas figuras. Ao menos viesse como a Ana, com um top preto encolhido e uma saia branca até ao tornozelo. Ou como a Caty, com uma tatuagem do seu nome no ombro,