E eis que da penumbra surge...
Resumindo, essa coisinha que aí vêem privou-me de uma vida normal, ou seja: dormir até às quatro da tarde, ver o telejornal, falar no MSN com as já famosas leitoras deste blog e, claro, apreciar de esguelha um ou outro rabo de saia. Para celebrar o sucesso do projecto, decidi aproveitar o convite da Sheilinha (que também trabalhou no projecto) e de uma amiga da Sheilinha para ir a um cinema e tomar um copo ali-não-sei-onde. (Devo referir, antes que me esqueça, que a Sheilinha e a amiga são dois rabos de saia bastante apreciáveis. Pena uma ser casada e a outra não usar saia mais vezes.) Ora bem, cinema tá quieto. Como bons portugueses que somos, chegámos 25 minutos depois da sessão começar, pelo que decidimos ficar a conversar numa das mesinhas lá-do-sítio-onde-há-cinema. Isto foi o planeado, mas na realidade o tempo do filme foi todo gasto com as três meninas (Sheilinha+amiga da Sheilinha+irmã da amiga da Sheilinha) a irem à vez à casa de banho encher a cara de pozinhos e químicos. Chegados ao sítio ali-não-sei-onde, que por acaso é mesmo ao lado lá-do-sítio-onde-há-cinema, o panorama visual parecia promissor. Cerca de uma centena de corpos à pinha, muito top sem alças e muita carinha laroca. Pior foi quando efectuei o reconhecimento do panorama auditivo: música brasileira "ah e tal samba práqui samba prálá" e uma grande maioria da população a expressar-se na versão brasileira do português. Não é que eu tenha alguma coisa contra os brasileiros. É só que sempre que eles abrem a boca, dá-me uma vontade incontrolável de explicar àquela gente toda que "cara" refere-se à zona frontal da cabeça de um indivíduo e não ao indivíduo em si, e "galera" é um tipo de navio, muito utilizado nos Descobrimentos, e não um conjunto de "caras". Pior, só mesmo na passagem de ano, onde a proporção brasileiro/português era de cinco para um. Pena ninguém se ter dado ao trabalho de explicar que à meia noite de Lisboa, a passagem de ano no Brasil só será pelo menos daí a 3 horas. riverfl0w