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Antes de começar a divagar, desejo deixar claro que tenho todo o respeito pelos seres humanos objecto desta dissertação. São tão humanos quanto os outros seres semelhantes, apenas variando nalguns detalhes geométricos do capÃtulo dos volumes. Pronto. Ok, então, vamos ao que interessa. Hoje, que é um dia bom para isso como outro qualquer, detive-me em movimento a pensar no que poderão sentir as mulheres cujo relevo no tórax é aproximadamente zero. Assim tipo o tampo de uma mesa. Obviamente não estão condenadas a serem tias solteiras para o resto da vida, afastadas que ficam dos mesmos prazeres da carne a que têm acesso as mulheres com relevos visÃveis. Digo eu. Não sei. Se calhar até se divertem à brava como as outras. Os parceiros é que, enfim, poderão ter algumas razões de queixa. Assim como quem vai ao frigorÃfico buscar uma cervejinha e o frigorÃfico está completamente vazio – a mão tenta agarrar uma garrafa mas apenas agarra o vazio gélido. Mas como há gostos para tudo, deduzo que poderá haver quem tenha claramente preferências por tábuas. Talvez algum carpinteiro. Bem, eu queixar-me-ia, sem dúvida, e nada poderia ser igual. ImpossÃvel. E o dia de hoje foi bom para isto porque convivi o dia inteiro com duas colegas queÂ… enfimÂ… são assim mesmo. Senti como que um aperto só de pensar que o facto de não terem namorados, poderá ter a ver directamente com este pormenor fÃsico. Pode ser pura invenção minha, mas ainda assim fiquei meio preocupado, meio pensativo. Não queria dizer “triste”, mas confesso que o sentimento andou perto. Não sei como é no mundo das mulheres. Será que elas olham umas para as outras e traduzem o resultado das comparações em atitudes umas para com as outras? Algum desprezo? Alguma superioridade? Dizem que elas são lixadas umas com as outrasÂ… não perdem uma oportunidade de mandarem uma facada na espinha. Será? Tenho pena, se assim for. Não têm culpa de nascerem só com... pickwick