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Arautos do Estendal

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Arautos do Estendal

29
Jul04

O spiderman fez-me chorar... quase…

riverfl0w
A ouvir, na voz de João Vaz

O meu blog dava um programa de rádio - Rádio Comercial

 

Há momentos em que um homem deve despir-se de preconceitos e enfrentar as luzes. Eu, decididamente, prefiro aqueles momentos em que um homem se despe para enfrentar a penumbra de um quarto onde, perfumando o ambiente, uma cama alberga o corpo ansioso de uma diva. Isso sim, é que é de valor. Na falta disso, bom, pode despir-se dessa cena dos preconceitos e… enfim… Por isso, aqui estou. Preparado para ser crucificado após as revelações que se seguem. Então, consta-se que, outro dia, após um mui bem regado jantar, fui ao cinema para ver algo. Tipo o anúncio do Ambrósio e da Senhora. Apetecia-me algo. Acontece que as horas passaram, em cima do farto manjar, e a sessão cinéfila transformou-se na sessão da meia-noite-e-troca-o-passo. Ora, como é do conhecimento geral, o sono e o tinto são compinchas inseparáveis, à excepção daqueles momentos em que se separam, claro. Eis-me, pois, num esforço supremo para manter o equilíbrio, às portas do cinema com N filmes e outras tantas salas para escolher. O leque é irritante. É só porcarias. A única coisa que soa a conhecido é mesmo o filmezão do homem aranha. O dois. Bem, a verdade é que àquela hora, só sobrava mesmo aquele belo exemplar. E lá fui. Entrei, sentei e vi. Não me recordo muito bem da estória, se é que havia uma, nem dos saltos do tipo sempre dependurado numa teia nojenta. O que me recordo, sim, foi de fazer outro esforço supremo, desta feita para conter as lágrimas. É escusado tentar lembrar a que propósito foram as lágrimas. Se calhar não tinham nada a ver com o filme, ou talvez sim, ou talvez morangos com chantili. Vai-se lá saber. Mas o que é certo, é que foi um belo momento de fraqueza que esteve na origem desta atitude pouco máscula e dignificante. Só podia. Palpita-me que tem algo a ver com mulheres. Se era a avozinha do Pedro, ou a candidata a namorada insatisfeita do Pedro com beiço de carapau, ou alguma mulher por quem eu possa estar inevitavelmente apaixonado sem o saber, não sei. Mas, caramba!... Um gajo só chora por causa de duas coisas: ou uma cebola ou uma mulher. pickwick

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