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Arautos do Estendal

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Arautos do Estendal

19
Mai10

Efeitos psicológicos no desempenho físico

pickwick

Hoje cheguei a casa a uma hora decente (tipo antes das 21h) e, saboreando o facto de não ter compromissos para o resto do dia, vesti a fatiota apropriada para ir dar uma corridinha para os pinhais.

 

Já há vários anos que tenho um percurso fixo, com subidas e descidas, que consigo fazer em cerca de 50 minutos se não andar coxo, ou em 45 se estiver no ponto caramelo. Por ora, encontro-me na fase imediata ao abandono do coxear como forma de estar no desporto. Isto é, estou a tentar começar a entrar em forma. Quer isto dizer que o percurso demora 50 minutos, mas o meu objectivo é começar a reduzir o número de vezes que paro pelo caminho para evitar engasgar-me com meio pulmão a querer saltar por uma narina. Nas primeiras vezes, há umas semanas atrás, a boa forma era tanta que tinha que parar nas descidas para descansar. Mas isso já pertence ao passado. Agora estou bem melhor.

 

O percurso que faço pelos pinhais, ou pelo mato (conforme a preferência), usa uma rede de trilhos frequentada por gente que trata de umas terras, maioritariamente vinhas, ou não fosse isto uma zona demarcada de vinhos do Dão. Na prática, cruzo-me com mais coelhos do que pessoas. E é bonito, cruzar-me com coelhos, os passarinhos a chilrear, um ou outro esquilo quando calha, um cachorro, ah e tal.

 

Como forma de controlo, estipulei atingir o ponto mais extremo do percurso ao fim de 25 minutos, no máximo. É um ponto relativamente alto, pelo que, enquanto não estou no ponto caramelo, é um local de paragem obrigatório para meter a respiração ofegante na ordem. Também é um local de onde se avista um bonito pôr-do-sol, em especial porque costumo ir correr ao final do dia.

 

Hoje, quando cheguei a este ponto, ao fim de uns excelentes 25 minutos (à tabela), lá tive que abrandar e arranjar maneira de parar de arfar que nem um cão vadio perseguido por um bando de velhotas empunhando furiosamente guarda-chuvas com desenhos de flores. Quando consegui recuperar, retomei a corrida, a descer, com um olho nos calhaus do chão e o outro no pôr-do-sol. Ao fim de vinte e sete passadas (mais coisa, menos coisa), o que é que me aparece à frente?

 

Uma menina montada numa bicicleta, suando devido ao esforço da subida. E pensei cá para comigo: eh lá! Mais seis passadas (mais coisa, menos coisa), e o que é que me aparece à frente?

 

Outra menina, montada também numa bicicleta, igualmente suando devido ao esforço. Só que, ao contrário da primeira menina, que era uma menina bonita, bem feita, bom corpo, carinha larocas, elegante, cabelos ao vento, ah e tal, a segunda menina tinha um vistoso par de maminhas, generosamente arejados através de um decote perigosamente acentuado devido à inclinação do corpo a dar ao pedal encosta acima. Ou seja, numa situação normal o decote já seria interessante, sendo que naquele caso dava para fazer uma tese de doutoramento.

 

Devo dizer que fui arrebatado por uma onda inspiradora. Psicologicamente, fui afectado, confesso. De repente, parecia que levava um isqueiro Bic fazer-me faíscas junto aos pêlos do rabo. Ena pá! Acho que só parei mesmo na subida fatal, a mais íngreme de todas, porque, senão, ainda caía para o chão e engolia dois quilos de calhaus, tal era a velocidade com que arfava. A cada passada, imaginava as esferas de deliciosa carne fresca a balouçarem ao ritmo das pedaladas na bicicleta. É como o cavalo atrás de cenoura. Por cada passada, uma das maminhas abanava e eu ficava todo satisfeito.

 

O efeito foi tal, que, quando cheguei ao pé do meu carro, ainda pensei seriamente em dar meia volta e repetir o percurso todo. Mas, felizmente, caí em mim e regressei a casa. Ainda bem. Imagine-se que, na repetição do percurso, me cruzava novamente com as meninas? Como era? Ainda perdia a noção da realidade e de um salto abocanhava-lhes os pneus das rodas... Que má figura… pickwick 

 

10
Mai10

Quase como na Califórnia

pickwick

Já não tenho a certeza se a cena padrão se passa na Califórnia, ou noutro qualquer pedaço de terra americano à beira-mar, mas, o que interessa mesmo, mesmo, mesmo, é a jovem senhora em trajes mais ou menos provocantes, passeando o seu cãozinho. A parte do “mais” provocante, é aquela em que o calçãozinho, em virtude das suas dimensões, se confunde com uma cuequinha tanga. A parte do “menos”, é aquela em que o calçãozinho ah e tal, que linda bochecha. Se, em vez do cãozinho, fosse uma fatia de pizza a ser arrastada pelo chão, o efeito era o mesmo, apenas com o inconveniente de a fatia de pizza não parar estrategicamente junto às palmeiras, o que impediria os mirones de apreciar e ajuizar o aspecto estático das nádegas.

 

Na versão que me traz aqui hoje, a menina de 25 anos saiu de um automóvel de cerca de 18000 euros, no parque de estacionamento do Pingo Doce, de trela na mão. Alguém mais também saiu do automóvel e foi às compras. Na ponta da trela, uma bola de pêlo. E eu também fui às compras.

 

Embora a descrição do parágrafo atrás pareça nu de assunto, tenho a dizer que, na realidade, a saída da menina do automóvel e a sua apropriação da trela e do cão, teve muito assunto. A menina, vestia um vestido de pano fresco e leve, de cor branco-sujo polvilhado de flores, a terminar meio palmo acima do joelho. Acontece que, na empenhada tentativa de retirar o cão pela porta de trás, a menina teve que se inclinar para a frente. E acontece que, com este singular gesto, deixou a descoberto o fim de um par de meias transparentes, identificado por umas ligas de cor suspeita (algo entre o bordeaux e o castanho), aparentemente sem suspensórios, localizadas dez centímetros abaixo da linha da cueca (por estimativa).

 

Entrei pelo supermercado dentro com aquela boa disposição que se pode imaginar, fascinado pelo mau gosto que originou a combinação foleira de um vestido pindérico, tipicamente usado pelas donas-de-casa quando vão à horta colher cenouras e couves, com umas meias suspensas por vistosas ligas. É como usar uma tanga igual à do Tarzan dos anos 30, feita de um pano de limpar loiça, com umas botas de cano alto cravejadas de diamantes e safiras.

 

Ao regressar ao carro, de saco na mão, reparei que a menina andava a circundar o parque de estacionamento, de trela na mão, com o vento a agitar atrevidamente a parte inferior do vestido.

 

Depois disto, passei um fim-de-semana a tentar explicar a dois amigos que só existem dois tipos de mulheres: as que não regulam bem da cabeça, e as que regulam bem. pickwick

06
Mai10

Teoria Volumétrica do PD-Aki

pickwick

Até prova em contrário, registe-se, com a designação de “Teoria Volumétrica do PD-Aki”, a previsão quase, quase, quase exacta de que as meninas das caixas do “Pingo Doce” têm todas maminhas pequeninas, por oposição às meninas do “Aki”, que têm todas maminhas de palma-cheia.

 

Uma maminha de palma-cheia é uma maminha que enche a palma da mão, se nela for depositada com jeitinho, ou se colidirem entusiasticamente, ou se ah e tal qualquer coisa que não esborrache, habitualmente com o generoso consentimento da proprietária da maminha.

 

Já há muito tempo que vinha a constatar, dia após dia, que as meninas do “Pingo Doce” aqui da aldeia eram escolhidas a dedo. Não há, nem nunca houve, pelo que duvido que vá haver, uma menina a trabalhar aqui no “Pingo Doce“ que tenha maminhas com mais de 8 centímetros cúbicos de volume.

 

Ontem, aproveitei uma ida à grande capital de distrito, para dar um saltinho ao “Aki” e gastar uns trocos. Não vi uma única menina daquela superfície que não tivesse maminhas de palma-cheia. E note-se que isto não é uma campanha publicitária disfarçada, a imitar o fruto da figueira que gosta do filósofo. Nada disso! Objectivamente, todas tinham sido brindadas divinamente com simpáticos volumes entre o diafragma e a carótida. Presumo que ainda me falte um estudo mais consistente sobre este fenómeno desta loja “Aki”, mas não é nada que não trate nos próximos meses. Adoro estudar fenómenos destes. pickwick