Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Arautos do Estendal

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Ela, do alto das suas esbeltas e intrigantes pernas, veio caminhando quintal abaixo até ao estendal, dependurando a toalha onde, minutos antes, tinha limpo as últimas gotas de água. O Arauto viu, porque o Arauto estava lá. E tocou a trombeta.

Arautos do Estendal

15
Mai12

Ui! Não me toques!

pickwick

Hoje foi dia de mais uma daquelas reuniões. Portugal é um país muito fértil em improdutividade. O tempo, a energia e os recursos humanos que são investidos em acções improdutivas, representam um fenómeno de dimensões assustadoras, mas perfeitamente compreensível, quando damos conta que a pobreza de espírito abunda em todos os níveis intelectuais da nossa sociedade.

Divagações à parte, a reunião decorreu em ambiente fechado e pesado: sete gajas para dois pobres rapazes. Uma das moças, é aquilo a que se chama uma gaja toda boa. Podia dar-lhe o nome de código Todaboa. Ou Boazona. Ou Zonaboa. Ou Zoabona. Ou Zulmira. Zulmira parece-me bem e definitivamente ninguém desconfia.

 

Eu nunca fui de grandes intimidades com a Zulmira. Nunca passámos de meio dedo de conversa profissional em grupo. Mas, hoje, a Zulmira vinha atravessada. Começou com uma entrada triunfante, tropeçando numa calha para cablagem existente no chão e quase saindo pela janela do outro lado da sala ainda agarrada à malinha e aos documentos. Uma coisa dramática, tenho que reconhecer. A Zulmira trabalha noutra instituição e trouxe cumprimentos muito efusivos de um antigo colega que agora trabalha com ela. Acho que isso foi o quebra-gelo que lhe faltava. Puxou de uma cadeira e fez questão de se sentar ao meu lado. E começou a tocar-me no braço ao ritmo de um toque por cada duas frases, mais toque, menos toque. Como estava calor e eu estava de camisa de manga curta, foi mesmo pele com pele. E eu, que sou bem comportado, pensei logo: Ui! Tu não me toques assim, que eu começo já a uivar e a bater com o pé no chão, com ou sem lua. Quase três horas a tocar-me no braço. Momentos houve em que pensei seriamente que ela haveria de meter a mão na minha perna, com a generosa intenção de me transmitir uma qualquer informação de forma mais convincente.

 

Passei a reunião intrigadíssimo com isto. A aliança continuava no dedo. Que raio?!

 

Já para o fim, acho que vi a “luz”. A Zulmira levantou-se para ir ao computador que estava ligado ao projector, para retirar uma pen. Boazona, o tanas! Mais outra com falta de nalgas! Estava tudo explicado! Comecei a fazer contas às proporções corporais e descobri, logo ali, mais umas quantas desproporções a desfavor dela. Eu adoro quando se soluciona um mistério de forma tão célere. Espanto-me comigo mesmo. Ou, como diria o Nando: é só desculpas!... pickwick

10
Set11

Campismo – parte 2 – meloas

pickwick

Pondo de lado o saudosismo, o tradicionalismo, e outras coisas acabadas em “ismo”, convenhamos que há algumas sérias vantagens em se passar uns dias num parque de campismo com piscina incorporada. Por um lado, pode apreciar-se conveniente e detalhadamente uma longa série de biquínis e respectivos suportes. Por outro lado, também se pode apreciar esses biquínis e respectivos suportes. Basicamente, é isso.

 

Nas duas manhãs que passámos na piscina do parque, quase que deu para fazer amigas. Bom, pelo menos, a minha vista apurada fez meia dúzia de amigas.

 

Em particular, um grupinho engraçado de seis jovens adultos, assim como quem andam na universidade e tal: três rapazes e três raparigas.

 

Rapariga 1. Estilo “arrumava-te bem dentro da caixa da flauta transversal”. Quase que podia andar em topless que ninguém pensaria tratar-se de uma rapariga, tal era a planície. A leveza corporal dava-lhe margem de manobra para andar a saltitar por ali, conversando com uns e com outros, saltando para a água, apanhando sol. Mas, ainda assim, apetecível.

 

Rapariga 2. Estilo “cuidado que podes partir o biquíni de porcelana”. Imponente, boa figura, elegante,175 cm de altura, biquíni discreto embora com pouco tecido. Confesso que devo ter passado aproximadamente duas horas líquidas a consumir-lhe a pele do peito com a minha mira laser alojada debaixo da sobrancelha esquerda. Era daqueles peitos que dão gosto apreciar: majestosos, mas não tipo “bolas de Pilates”. Um peito sobre o qual eu dormiria a melhor das sestas num qualquer prado verdejante nos Alpes. Tímida, definitivamente. Molhar o corpo desde as unhas dos pés até aos joelhos, já era uma aventura com demasiada adrenalina. E pouco dada a sessões fotográficas indiscretas, não tendo apreciado a iniciativa do amigo de pele branco-farinha, quando este saltou para dentro da piscina de máquina fotográfica de rolo em punho, tentando fotografá-la sentada na escadinha metálica com água a meio das canelas.

 

Rapariga 3. Estilo “meu Deus, porque me obrigas a ver estas coisas sem poder tocar?”. Extremamente elegante, quase a cair para o magrinha (opinião do Zequinha, muito discutível). Abdominais perfeitos, notando-se à distância cada músculo. Peitos discretos, meia-laranja. Pele muito, mas muito bem bronzeada. E, o mais importante, interessante, e outras coisas acabadas em “ante”, umas nádegas deslumbrantes, duas perfeitas meloas bem tonificadas. Acresce, a favor do deslumbramento, o facto de a rapariga usar uma reduzidíssima cuequinha, quase que “apagada” do mapa de tão enfiada que estava entre as duas deliciosas meloas. Com muita frequência, esta endiabrada inclinava-se para cima dos amigos e das amigas deitados, virando as nádegas para a piscina. Não estavam reunidas condições para um gajo conseguir racionalizar o que quer que fosse. Devo ter passado umas quatro horas líquidas a degustar visualmente aquelas meloas. À custa disso, apanhei um escaldão na careca que ficou uma obra imprópria para consumo.

 

Posto isto, resta acrescentar que, em determinada altura, os rapazes e a rapariga 1, acharam que era boa ideia pegar na rapariga 3 e atirá-la para dentro da piscina. A esta empreitada, a rapariga 3 opôs-se ferozmente, debatendo-se com unhas e dentes, muito valorosamente, para gáudio dos bons apreciadores de uma cena de pancadaria amigável. Realmente, aquele corpinho elegante e musculado certamente devia muito ao desenvolvimento de uma qualquer actividade desportiva de nível competitivo. A determinada altura, no emaranhado de braços e pernas e empurrões e puxões e muita risota, a rapariga 3 começou a perder a compostura da parte de cima do biquíni, facto que se evidenciou pelo contraste de cor entre a pele bronzeada do tronco e a pele branquinha dos seios. A ondulação habitual da piscina desapareceu subitamente, tal era a atenção com que os muitos utentes masculinos observavam o desenrolar dos acontecimentos.

 

Com grande pena minha, não tentaram a mesma sorte com a rapariga 2. O que, a bem dizer, até foi bom, porque, se calhasse a dar luta também, podia acontecer-lhe o mesmo deslize com a parte de cima do biquíni, e, aí, garanto que não conseguiria manter qualquer traço de serenidade. Provavelmente, passava-me uma coisa ruim pela mioleira e começava a bater palmas e a uivar ruidosamente, assim numa espécie de foca-lobo num qualquer show erótico de um parque aquático. pickwick

 

24
Mar07

Pele ao léu

pickwick

Às vezes farto-me de ver tanta pele feminina ao léu. À mostra. É como aquele dito popular, de que “tudo o que é demais enjoa”. Pois, tenho a dizer que começa a enjoar. Ligeiramente! Mesmo com algum frio, ou com pouco calor, como se queira, as gajas andam com uma mania desabrida para terem sempre a cintura ao léu. O umbigo, as bochechas-laterais-bóias-de-salvação, o fundo das costas, ah e tal. Quando a elegância é inegável, é bonito de se ver, e eu sou um grande apreciador. Mas a coisa toma facilmente contornos pouco agradáveis, quando todas as gajas se lembram de andar nestes preparos, nem que tenham bóias que chegassem para alimentar um esquimó durante três semanas. Fica mal, pronto! Fazem de propósito? Claro que fazem! São umas… umas… enfim… umas endiabradas! Para não entrar por outro caminho. Ao menor gesto que implique levantar os braços acima da linha dos ombros, fica logo ali tudo a ver-se, a pele sedosa, às vezes o elástico da cuequinha de cores garridas, ah e tal. Já há uns tempos tinha reparado que a Gorety (nome de código) fazia parte do grupo que adora exibir a pele. É uma trintona discreta, pouco dada a gorduras para além daquelas que chegam com a idade, mas que nunca mete as camisas e blusas por dentro das calças. É sempre com a fralda de fora, e sempre de fralda curta. Mesmo quando o tempo não está para calores. A Gorety é como a Maria: é elegante, formosa, sexy, apetitosa, mas tem uma fronha que mete medo a qualquer um numa ruela escura. Hoje, calhou estar mais de uma hora na mesma sala com a Gorety, facto que não me causa qualquer transtorno por si só. Contudo, passadas algumas dezenas de minutos, calhou passar atrás da Gorety, que estava sentadinha numa cadeirinha e ligeiramente inclinada para a frente, nos seus afazeres. Espero não ser mal interpretado, mas o meu olhar foi atraído inocentemente para uma área corporal extensa completamente a céu aberto, ali por jeitos de quem não quer a coisa mas acabam-se as costas e ah e tal. Área extensa e geometricamente pouco convencional. Olhei melhor e… não vale a pena disfarçar, era mesmo o rego do cu! Também não vale a pena estar com paninhos quentes, que ah e tal era o entre-nádegas, o ribeiro do rabiosque, o refego dos quartos traseiros, o vale dos glúteos, o desfiladeiro nadegueiro, blá, blá, blá, ah e tal, porque não! Era mesmo o verdadeiro, o único, o inconfundível, o senhor rego do cu. A minha primeira tendência foi para exclamar um “Uiiiiiii” melodioso e começar a bater com o pé no chão e a uivar desalmadamente, mas o decoro falou mais alto e engoli qualquer trejeito brejeiro que me viesse a subir pelas goelas acima. Passei adiante, a fazer de conta que estava chocado com aquela ordinarice fruto de uma moda decadente. A moda das calças de cintura descaidíssima, cuequinhas enfezadas e escondidas, camisas e blusas curtinhas, ah e tal. Gostava de saber o que é que as gajas ganham com isto tudo? Aliás, o que é que ganharam com a revolução da mini-saia? Ar condicionado para as partes baixas? Um caminho mais curto entre o nariz dos homens e algum aroma íntimo? E hoje em dia? Querem freneticamente arejar o rego do cu para quê? Problemas de flatulência por causa daquelas porcarias das fibras e dos corpos danones e dos iogurtes magros? E a barriga sempre à mostra e ao léu é para quê? É algum sistema de arrefecimento da zona intestinal para amortecer gases? Ou acham que a exposição continuada ao frio provoca uma utilização mais intensiva das células, ao ponto de derreter gorduras, celulite e outras porcarias que se agarram à chicha como as lapas aos rochedos? Francamente!... pickwick