Estou a rapar o fundo da taça de plástico barato que, minutos atrás, estava cheio com o meu jantar de hoje. O facto de ter decidido comprar uma garrafa de tinto para, na solidão deste apartamento, celebrar a véspera do feriado de 1 de Dezembro, contribui fortemente para a componente erudita deste post.
E o que é a ementa para hoje? É um petisco da minha exclusiva autoria e tem o nome artístico de “Frango enrabado por uma mangueira”. Passo a explicar: mete-se ao lume uma panela com água e macarrão (parece uma mangueira cortada aos bocados), temperado com nós moscada e uma pitada de sal; na frigideira, quatro quintos de uma cebola (não me apeteceu cortar o resto) em azeite servem de cama a um bife de frango, temperado com piri-piri, alho, pimenta preta e salsa, que coze durante longos minutos; no fim, mistura-se tudo na panela do macarrão, serve-se num alguidar e acompanha-se com um Dão à maneira (com efeitos nocivos na capacidade de raciocínio).
Isto de passar um fim-de-semana sozinho em cada, dá para estas coisas.
Bom, e o anúncio gay? Eh pá, é aquele que agora passa na rádio… ah e tal, singing aia iupi iupi ai, não-sei-quê, e um beijinho no nariz do esquimó!
Um beijinho no esquimó?!
Os esquimós esfregam o nariz, porque as luvas grosseiras não dão muito jeito para apertos de mãos, nada mais! Ora essa! Beijinhos no nariz, das duas, uma: ou se dão às criancinhas, quando não estão evidentemente ranhosas, ou, então, pura e simplesmente não se dão.
Anúncios gay no Natal de 2008. Era só o que me faltava… pickwick