Mistérios do Corpo Feminino III
A Mimi foi uma amiga também da adolescência. As feições orientais e a pele morena, faziam uma excelente equipa com um corpinho elegante, esguio e alto. Os lábios, eram coisa para apetecer passar horas seguidas a mordiscar carinhosamente.
Se bem me lembro, só não comecei a namorar com ela, porque as minhas idas à capital revestiam-se quase sempre de um espírito ermitão difícil de desmobilizar. Eramos muito amigos e trocávamos cartas com frequência assinalável.
Eu sonhava em sentá-la no meu colo e dar-lhe palmadinhas nas coxas, mas isso, agora, não interessa.
Outro dia, encontrei-a no Facebook. Fácil por causa do nome e do apelido, ambos invulgares. A deliciosa e esguia Mimi, tinha-se transformado num mulherão com carta de condução de Mercedes para cima, dada a evidente dificuldade em chegar com as mãos à maneta das mudanças num veículo ligeiramente mais estreito. Muito volume, portanto. Atrevo-me a estimar que quadriplicou o seu volume corporal, sem exagerar.
Como? Deve ter sido dos anos que viveu cá em Portugal. Este país tem efeitos devastadores. Agora, vive novamente no Oriente, mas não conseguiu desfazer a destruição que os ares lusos fizeram naquele corpinho outrora invejável.
E se eu emigrasse? pickwick